terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Continuação dos Resultados

Alcoolismo
O estudo revelou uma prevalência de alcoolismo de 3%, isto é, 44 pessoas responderam afirmativamente a 2 ou mais perguntas do teste CAGE. Entre o sexo masculino a prevalência foi de 4,9%, enquanto entre o sexo feminino foi de 1,7%. Esses achados, assim como as prevalências de CAGE positivo segundo variáveis sóciodemográficas, encontram-se na Tabela 2.
Se considerarmos apenas aqueles entrevistados com 18 anos ou mais, a prevalência passa para 3,2%. No caso dos maiores de 21 anos, a prevalência alcança 3,5%.
Não se observou diferença entre a idade de início de consumo referida pelos indivíduos CAGE positivo e aqueles CAGE negativo (18,51 e 18,83, Kruskal-Wallis=0,937, p=0,33).
Pelo estudo das RPC não ajustadas, o sexo masculino, a renda familiar superior a 3 salários mínimos e o grupo etário entre 30 e 49 anos mostraram-se positivamente associados com o alcoolismo (Tabela 3).

Nas RPC ajustadas por regressão logística, a associação com a renda perdeu a significância estatística.

Teste CAGE
Dos 759 usuários de bebidas alcoólicas, 70 (9,2%) afirmaram sentir necessidade de reduzir a ingestão de bebidas alcoólicas (questão no 1). Entretanto, entre aqueles com teste CAGE positivo (duas ou mais respostas afirmativas), essa proporção foi de 84,1% contra 4,6% daqueles identificados como não alcoolistas segundo os critérios diagnósticos da pesquisa.
Com relação ao fato de terceiros criticarem o modo pelo qual esses 759 indivíduos usavam o álcool (questão no 2), 46 (6,1%) referiram sofrer essas críticas, sendo que entre os CAGE positivos isso ocorreu em 65,9% contra 2,4% dos CAGE negativos.
Afirmaram sentirem-se culpados pelo modo como bebiam (questão no 3), 5,5% dos usuários de bebidas alcoólicas. No entanto, esse sentimento ocorria em 79,5% dos considerados alcoolistas contra apenas 1% dos não alcoolistas.
Finalmente, encontrou-se que 3,6% dos entrevistados bebiam pela manhã, assim que acordavam (questão no 4), sendo que essa prática foi verificada em 31,8% dos indivíduos CAGE positivos e 1,8% dos CAGE negativos. Esse comportamento é característico dos indivíduos que já apresentam distúrbio de dependência de álcool e decorre da necessidade de manter o nível de alcoolemia, evitando assim os sintomas de abstinência. Encontrou-se 13 entrevistados (8 homens e 5 mulheres) que referiram esse comportamento, mas responderam negativamente às outras 3 perguntas do teste.
 

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